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Reflorestamento da Mahogany Roraima

A Amazônia pode receber um plantio “real” de 500 mil a 1 milhão de mudas de espécies nativas de árvores no que pode ser o maior projeto de reflorestamento já realizado

E não estamos falando do lançamento aéreo de sementes, vulgarmente chamado de “muvuca”, propagado como capaz de promover reflorestamento de milhões de árvores, quando é cientificamente provado que sua taxa de conversão em mudas é baixíssima – menos de 5% das sementes lançadas chegam a brotar, tornando-se árvores, segundo especialistas.

Para viabilizar reflorestamento em larga escala, a empresa Mahogany Roraima – com sede em São Paulo e filial em Boa Vista – está oferecendo parceria a proprietários de áreas devastadas, que precisam regularizar seu passivo ambiental. O diretor da Mahogany, Marcello Guimarães, explica que a empresa se comprometeria a reflorestar a área do parceiro, em troca de, no futuro, dividir com ele a exploração de parte da madeira (o percentual permitido por lei).

A própria Mahogany promoveria a inscrição obrigatória do proprietário parceiro no CAR (Cadastro Ambiental Rural), que é o primeiro passo para a obtenção da regularidade ambiental do imóvel.

Obrigatório para todos os imóveis rurais, o CAR é um registro público eletrônico de âmbito nacional que tem a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, referentes às Áreas de Preservação Permanente (APP), às de uso restrito, de Reserva Legal (RL), de remanescentes de florestas e demais formas de vegetação nativa. O registro compõe uma base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

Uma vez identificadas as áreas devastadas, a Mahogany Roraima poderá entrar com pedido de financiamento de projetos de reflorestamento ao Fundo Amazônia, que arrecada, junto a países desenvolvidos, recursos financeiros para preservar a maior floresta tropical do mundo e, assim, ajudar no combate às mudanças climáticas.

Desde que foi criado, em 2008, o Fundo Amazônia já recebeu mais de R$ 3,4 bilhões em doações e tornou-se o principal instrumento nacional para custeio de ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, promovendo a conservação e o uso sustentável do bioma amazônico. Seus recursos apoiam atualmente 103 projetos dos governos estaduais e da sociedade civil para proteger a floresta.

Expertise + tecnologia de ponta – Quarta maior empresa de produção de mogno africano no mundo, a Mahogany Roraima desenvolveu estrutura própria e tecnologia de ponta para plantar 200 hectares ao dia (4 mil ha/ano), com apenas 39 pessoas. Uma máquina 100% automática, projetada por Marcello, simplifica e acelera o plantio e ainda permite uma distribuição planejada de espécies nativas, contribuindo para o desenvolvimento e preservação da biodiversidade nas áreas reflorestadas.

Para garantir a qualidade das mudas a serem plantadas, a empresa acaba de fechar uma parceria técnico-científica com professores da Universidade de Viçosa, especialistas em produção e clonagem de mudas nativas, plantio de florestas e recuperação de solo para plantio. É esta equipe que toca, atualmente, um projeto de reflorestamento de 100 mil ha na bacia do Rio Doce, que banha áreas dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. “Nós somos especialistas em plantar rápido, e eles os melhores do mundo em produzir mudas”, observa Marcello Guimarães.

Atualmente, a Mahogany Roraima está apresentando esta solução de recuperação de áreas devastadas ao governo do Estado do Pará. Na sequência, a levará para todos os demais estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão).


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