Melhor maneira de zerar emissões de CO2
De tempos em tempos volta a o interesse da sociedade pela compra e venda de créditos de carbono, gerados com a preservação de florestas nativas, por empresas e pessoas que desejam zerar a sua pegada de carbono ou reduzir as emissões de CO2 e o seu impacto no clima global.
Preservar florestas nativas é a principal função da venda de créditos de carbono e isso é muito importante para evitar que o CO2 que emitimos através de múltiplas fontes (automóveis, indústrias, gado e muito mais) continue sendo acumulado em nossa atmosfera.
Mas agora quero convidar você a fazer um cálculo simples.
Estas informações não são 100% precisas, mas são aproximadas para que você possa entender o que está acontecendo aqui.
Quando simplesmente preservamos florestas e não recuperamos áreas degradadas que antes foram florestas, e não plantamos florestas para recuperar a cobertura verde que já tivemos, o que acontece?
A logica é bem simples:
A aproximadamente 200 anos existiam mais ou menos 6 trilhões de árvores (dados não exatos), e produzíamos muito pouco CO2, logo, as árvores que existiam naquela época, provavelmente conseguiam usar o CO2 que produzíamos artificialmente, nos processos que a árvore utiliza quando capta CO2 da atmosfera, um deles, a produção de madeira.
De 200 anos para cá, o que temos feito?
Derrubamos praticamente a metade dessas árvores, hoje estimamos que no planeta existam aproximadamente 3 trilhões de árvores formando cobertura verde, e ao mesmo tempo, criamos milhares de indústrias, fabricamos milhões de carros que geram poluição, construímos centros urbanos com bilhões de pessoas que produzem mais CO2.
O que significa isto?
Que as árvores que restaram, com o aumento da produção de CO2, não conseguem absorver o CO2 adicional que produzimos por hora, em quantidade muito superior a 200 anos atrás, e pior, gerando milhões de toneladas de CO2 que são liberadas na atmosfera a cada hora.
Então como dizer que estamos “zerando pegada de carbono” ou “reduzindo as emissões de carbono”, se em verdade, estamos produzindo muito mais CO2 do que a 200 anos, e temos muito menos árvores.
Entendeu que a conta não faz sentido?
Portanto, dizer que estamos zerando pegada de carbono ou reduzindo emissões somente porque compramos crédito de carbono ou é uma falácia completa, ou é uma ilusão confortável.
Estamos mentindo para nós mesmos e estamos mentindo para a sociedade.
Só existe uma forma de absorver o CO2 responsável pelas mudanças climáticas, e é justamente plantando árvores.
E, aqui não estamos dizendo que não é importante preservar, claro que é, se não preservarmos o que restou de floresta, fica ainda mais difícil combater as mudanças climáticas com menos árvores, mas o que queremos dizer é, não é verdade que o que sobrou de árvores dá conta de absorver o exagero de CO2 que produzimos artificialmente a cada hora.
Esta é a razão pela qual decidimos criar o consórcio iPlantForest (eu planto floresta), porque acreditamos que a única forma de absorver esse carbono que é lançado na atmosfera a cada hora, se dará pelo plantio de bilhões ou até 1 trilhão de árvores, e elas sim, poderão absorver este carbono excessivo no processo de produção de madeira durante o seu crescimento.
E, também foi por esta razão, por saber que temos que plantar esta quantidade enorme de árvores, que estamos a anos trabalhando no projeto da Forest.Bot (Patent Pending), que é a máquina que irá plantar milhares de mudas de árvores por hora, com baixo custo, usando inteligência artificial para checar a qualidade do plantio de cada muda, com georreferenciamento para gerar os mapas de plantio em tempo real, e permitir que todos saibam onde estamos plantando e o que, irrigando durante o plantio com água ou gel, para garantir plantios com menores taxas de perdas de mudas, e mais um monte de recursos necessários para conseguir executar esta ação de dimensões planetárias.
A conclusão é bem simples: preserve as florestas nativas e plante árvores para combater as mudanças climáticas, para zerar a tua pegada de carbono e para reduzir as emissões de carbono.
Veja este pequeno filme para entender melhor o argumento acima.